quinta-feira, 28 de julho de 2011

O cala boca da religião


“Porque a verdadeira culpa é, essencialmente, você não ousar ser você mesmo. 
É o medo do julgamento dos outros que nos impede de sermos nós mesmos, de nos mostrarmos tal como somos, de manifestarmos nossos gostos, desejos e convicções, de nos desenvolvermos, de nos expandirmos segundo a nossa própria natureza, livremente.” (Paul Tournier
)
O filho pródigo não sentiu impedimento de voltar para a casa do seu pai, todavia com certeza iria encontrar certas resistências não da parte de seu pai, mas de outros e como vemos no texto bíblico seu irmão mais velho se opôs a ele. Em nossos dias não é bem diferente, às vezes quando alguém erra automaticamente os membros de igrejas acabam se opondo. Muitas vezes só o fato de pensar diferente ou gostar de coisas diferentes ainda que seja para levar o nome de Cristo acabam se opondo como o filho mais velho na parábola do filho pródigo.
Essas pessoas nos impedem até mesmo de crescer em Cristo, às vezes nem aprendemos o Evangelho de Cristo e sim os dogmas da determinada igreja. Algo interessante a ser tratado neste é que o irmão mais velho reclama ao pai o fato de não ter feito festa alguma para se divertir com seus amigos, o que seria isso? Inveja. É muito comum disciplinar pessoas por motivos que a igreja (instituição) selecionou como grave, porém nos esquecemos do fato que invejar também acaba sendo pecado. É muito fácil excluir alguém na igreja por motivos expostos: Adultério, prostituição... Por que não excluir então por inveja, fofoca, não fazer o bem... A instituição as vezes age como o irmão mais velho do pródigo pensando só nele, enquanto seu pai tinha os dois como filho tanto o invejoso, como o que fez ato de rebeldia.
Perceba que o pródigo reconhece seu erro e volta para a casa de seu pai, porém o mais velho não se arrepende de sua inveja. O pai sabe como lidar com todos, sabe como corrigir e quando nos corrige nos corrige em amor. Se essa situação do pródigo fosse hoje a instituição agiria do mesmo modo que o irmão mais velho sem querer participar da festa.
Tem uma música do Raul Seixas que diz: "Prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião sobre tudo..."Precisamos aceitar que somos uma constante mudança para consertar o nosso eu, nos esvaziarmos de nossa opinião sobre o outro, o preconceito.Amar o outro sem criticá-lo e sem esperar nada em troca é nosso desafio, amar como Cristo é o nosso alvo.Cristo liberta, a religião escraviza, Cristo nos ama, a religião é tirana, Cristo nos uni, a religião nos separa, olhemos, portanto para Cristo e continuar sendo a constante mudança, porém nele, por ele e para ele. Em Cristo seremos uma metamorfose crescente de amor. Religião nos amordaça, Cristo não quer que nos comuniquemos como anunciemos a boa notícia do Evangelho que transforma. Anunciemos o Evangelho de forma prática e simples.
         Reconheçamos que temos erros, pecamos a todo instante, mas mesmo assim o Pai corre ao nosso encontro e nos beija, o Pai “não chama os capacitados, mas capacita os escolhidos” e Ele promete sempre nos dar forças (Salmo 119:28). Alegremo-nos e regozijemos nEle. Vivamos para o Senhor não como adeptos de uma religião, mas como seus filhos, não como escravos do pecado, mas como servos amados do nosso Senhor.


Nele que não deixou religião, nos ama e nos uni.
Daniel Lima

Assista o vídeo abaixo.

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