segunda-feira, 25 de julho de 2011

A terapia dos Rejeitados

Este será o primeiro de uma séria de postagens sobre manifestar o Evangelho da Graça no princípio do amor e durante uma semana extrairemos lições da parábola do filho pródigo.

Em nossos dias vemos que a igreja caminha num "inclusivismo" como uma espécie de clube dos perfeitos, onde irmãos em Cristo são apenas os da nossa denominação. O amor ao próximo parece ficar apenas no papel. Não querem sair das quatro paredes para anunciar aos outros que estão fora do Caminho (sendo Cristo o Caminho e não a igreja). Perdemos a essência do ir por todo mundo e anunciar as Boas Novas, lutar pela causa do Evangelho de Cristo, ao invés de anunciarmos Cristo o Evangelho de Deus manifesto ao homem, estamos anunciando a nossa denominação.
Até parece que nossa "igreja" está agradando mais a Deus do que a outra, dá até para pensar que existe diversos céus, o céu da igreja “A”, o céu da igreja “B” e por aí segui. Esquecemos que é pela graça que somos salvos (Ef 2:8,9). As igrejas “denominacionais” agem muitas vezes como donas do céu incluindo alguém que obedeça as ordenanças da mesma e excluindo a quem desobedece. Chegando ao cúmulo de até mesmo dizer: “O irmão será excluído por não cumprir a doutrina da igreja”. O que importa cumprir a ordenança da igreja ou do Evangelho de Cristo?
Quando alguém se distancia da igreja como o filho pródigo conforme está  no evangelho segundo Lucas no capitulo 15 e versículos de 11 a 32, acabam crucificando a pessoa, muitos dos que se dizem ser representantes de Deus aqui na terra não agem como Cristo agiria. O interessante é que o evangelho faz questão de nos mostrar os detalhes ao ponto de nos informar que o pai coloca um anel no filho que se distanciou. Ele renova a aliança com o seu filho e não o exclui, ou maltrata-o com algum tipo de preconceito. Hoje se alguém sair da igreja como o filho pródigo e cometer algo similar, prostituir-se, cair realmente na "gandaia”,  a igreja ao invés de trazer de volta para o Caminho age de forma condenatória. Embora fale de amor parece que na prática isso não é tanto como se fala.
Cristo deixa essa terapia no evangelho para aqueles que são rejeitados até mesmo dentro das igrejas por terem uma opinião diferente da maioria ou por discordar de algo. Esse tratamento deixado por Cristo para os rejeitados pela sociedade e até mesmo pela igreja é para ser feito diariamente em nós e através de nós. Para ficar mais claro darei um exemplo bem simples: "Se na igreja uma prostituta confessa a Cristo como Senhor as mulheres daquela igreja recebem aquela agora ex-prostituta como um corpo estranho, como se fosse uma metástase e quer logo tirar, de modo que as mulheres da igreja afastam seus maridos daquela prostituta agora convertida para não perder seus maridos." Como podemos falar de transformação se as vezes aparentamos claramente não acreditar em transformação?  Para isso o Senhor deixou a parábola do filho pródigo como uma terapia aos que estão frustrados com a denominação, para que saibam que ainda que se frustrem com a denominação o Senhor através do seu Evangelho esta pronto para abraçá-los como filhos que retornam para sua casa, não só isto mas, faz uma festa para o filho jovem e inexperiente que saiu, se distanciando do pai, entristeceu seu pai, gastou tudo que tinha com prostituição e outras coisas ao ponto de não ter mais o que comer e numa situação bem degradante passa a comer a bolota dos porcos e lembra-se da casa do pai. O pai não questionou sobre o que seu filho fez com a herança, não o destratou pelo que fez, não o disciplinou, não o puniu, não o condenou, simplesmente vai ao encontro do seu filho abraça-o, beija-o e fez uma festa para comemorar o retorno do seu filho mais novo e o recebe novamente em sua casa, pois ele nunca deixou de ser o seu filho. Porém, o outro filho o mais velho que estava em casa não gostou muito dessa historia de receber bem alguém que gastou tudo, que agiu errado e entristeceu tanto seu pai e foi argumentar para o pai dizendo: "estou aqui a tanto tempo sem nunca te entristecer e nunca nem se quer mataste um cabrito para me alegrar" (v.29). O pai sabiamente responde: "filho tu sempre estas comigo, e todas as minhas coisas são tuas"(v.32).
Precisamos ter a atitude deste pai e deixarmos de ser hipócritas confessando algo e muitas vezes o evangelho vivido não é o Evangelho pregado. Este texto do evangelho de Lucas deve ser uma realidade em nós e através de nós. Necessitamos ser tratados pelo Evangelho de Cristo para não surtarmos como o filho mais velho que foi questionar o pai movido por uma inveja vendo apenas o seu umbigo. Manifestemos portanto a graça de Deus no nosso dia a dia para que possamos exalar o bom perfume de Cristo por onde passarmos e venhamos a incluir novamente a família nosso irmão imaturo que se distanciou  da casa do pai com muita festa, alegria e amor.

Nele que nos ama incondicionalmente.
Daniel Lima


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