O evangeliquês do blá blá bla

Certo dia ouvi um pastor dizer algo que me despertou a atenção, é um tanto engraçado, mas é uma verdade. 

“- Um pastor muito legalista viu uma jovem desviada com roupas curtas e apertadas e disse: Jovem volte para casa do Senhor do jeito que você está vai caminhando para o inferno. Ore e peça para Deus lhe mostrar e falar com você para voltar para a igreja.

- A jovem por sua vez sorrindo disse vou orar sim pastor. Passaram-se os dias e a jovem encontra o tal pastor que fala com ela novamente.

- E então filha já orou?

- Sim pastor disse a jovem.

- E o que Deus falou? Perguntou o pastor.

- Deus me disse que se lá na sua igreja não aceitam nem a presença dele, como iriam me aceitar?”

É isso que vemos nas igrejas hoje estão tratando pessoas como coisas, esquecerão o princípio do amar e servir para ver uma vida liberta. Infelizmente chegamos ao ponto de ficarmos uns contra os outros, até o evangelho que pregamos é diferente, porque nem sempre é o de Cristo, é uma pena, porque poderíamos fazer muito mais pelo evangelho de Cristo juntos, em unidade, porém é uma realidade triste não só no Brasil, mas em todo mundo.

E para os críticos é válido lembrar que Jesus é aquele que usava nomes fortes e verdadeiros para os fariseus (sepulcro caiado, raça de víboras...), que derrubou a mesa dos gananciosos cambistas, as bancas dos que vendiam pombas, dizendo: Está escrito, Minha casa será chamada casa de oração, mas vós fazeis dela um covil de salteadores. — Mateus 21: 12,13.

Muitas vezes temos o “evangeliquês”, a linguagem de “crente”, mas não somos discípulos de Cristo, as vezes até somos discípulos de homens copiando o jeito de falar, vestir, penteado, etc. Quando aprenderemos que precisamos do discipulês? É o ser discípulo que nos faz servos de Deus, é no mínimo fazer o que Paulo recomenda aos efésios capítulo 5 versículo 1 “SEDE, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;” Até podemos ter alguém como nosso referencial, desde que este alguém viva os princípios do discípulo de Cristo, amar, servir e libertar.

Vamos nos libertar do aparente “crente” e ser discípulos de Cristo, vamos parar de pregar o nosso evangelho, para pregar o Evangelho de Cristo. Portanto, deixemos o evangeliquês e passemos para o discipulês, anunciar o Evangelho com nossa vida no caminhar diário no Caminho que é o próprio Jesus Cristo, ajudando os mais fracos a caminharem também e percorrerem este Caminho da Graça de Deus em nós, para nós e através de nós. Deixemos de tratar o evangelho como um tio patinhas espiritual que dele emana toda riqueza financeira, para não olharmos para as pessoas e ao invés de vermos nelas o amor de Deus revelado em seu filho vejamos sifrões.

Nele que não preparou evangeliquês para apenas falarmos, mas deixou o discipulês para vivermos.

Daniel Lima