Ache o Centro

Ontem estive pensando em que consiste o viver para Jesus Cristo? Já que tudo ao meu redor é graça e eu não posso banalizar o que não mereço receber, porém já recebi. Tem uma música que diz a graça é dada de graça. No entanto, tem gente que se aproveita da graça dizendo: “Há, estou na graça, logo eu peco e Jesus perdoa, eu peco e Jesus perdoa...” Seria isso viver em Cristo e depender de sua graça? No fluir dos meus pensamentos percebi que viver para Cristo, em Cristo e com Cristo consiste em ter uma vida de oração e meditação no Evangelho. Quando vivo para Cristo manifesto algo supremo a oração, o diálogo com o meu Pai, não como mendigos espirituais que fica o tempo todo só pedindo, mas também agradecendo e intercedendo.

O centro da vida de um discípulo de Cristo é o compromisso e a adoração, não apenas no falar em forma de poesia, no refletir, ou na teoria, mas sim numa prática diária em andar com Cristo. Quando se há compromisso e adoração, vem a compreensão do servir não só a Deus, mas também ao próximo. Compromisso com a humanidade e ser solidário. Adorador não só em templos feitos por homens, mas um viver constante de adorador, entendendo que só levo pessoas ao altar se eu já estiver lá prostrado aos pés do Senhor.

Quando decidimos viver para o Senhor vivemos uma vida dupla, pois temos o viver natural com suas superficialidades e o viver espiritual nas profundezas do nosso ser. No natural falamos, pensamos, planejamos, enfim cumprimos com as exigências comuns do nosso dia a dia. No espiritual, lá no nosso íntimo ainda que tudo ao nosso redor esteja barulhento, em meios aos ruídos da vida escutamos a voz silenciosa no nosso ser, e nas maiores profundezas do nosso íntimo oramos, adoramos, rendemos graças Aquele que tudo criou, formou e nos amou, ama e sempre amará.

Viver para Cristo como seu discípulo é anular as nossas vontades e viver a vontade dEle em nós e através de nós, é fazer do lugar que ninguém enxerga (os nossos pensamentos, a mente) um santuário de louvor, ainda que estejamos no centro da cidade, com barulhos de carros, buzinas, pessoas falando, etc.  Segundo os monges budistas a vida interior é a disciplina de “achar o centro” no dia a dia. Achemos o centro em nós e nos voltemos com tranqüilidade e persistência para o Senhor, mesmo que estejamos digitando, dirigindo, andando... Ainda que no começo seja muito difícil achar o centro e continuar nele com a prática diária e constante, ainda que vacilantes, sem estímulos, precisamos sempre retornar ao centro, a essência do nosso ser adorador, compromissados e disciplinados. Isto é fácil? De modo algum, mas a prática constante irá fazer com que se torne um hábito. Se queremos prosseguir nesta caminhada como discípulos, precisamos vamos fazer disto um hábito como beber água, comer, respirar, necessitamos disto para viver.

Portanto meus amigos, vivamos uma vida de oração sabendo que Ele “Responderá à oração dos desamparados; as suas súplicas não desprezará” (Salmos 102:17). Vamos firmar compromisso com Cristo e “nos dedicarmos à oração e ao ministério da palavra” (Atos 6:4), de modo que possamos estar nEle que é a Videira verdadeira, sendo Ele mesmo a Verdade a ser acreditada e o Caminho a ser trilhado.

NEle que deve ser o centro da nossa vida!

Daniel Lima

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Mantidos pela Graça...
Conectados pela Causa...
Chamados para uma Missão...
Marcados pelo Amor...
Que assim seja nosso caminhar!