domingo, 28 de agosto de 2011

Crente ou discípulos?


"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros".
 João 13:34,35

Em nossos dias ser crente está algo muito comum, banalizado e secularizado. Quando me refiro a crente, falo do cristão já que o termo mais comum para cristãos é crentes. Os cristãos vivem apenas numa teoria e belas palavras nos púlpitos das denominações. Acredito que o povo que mais fala em amor, perdão e misericórdia são os cristãos, porém ao mesmo tempo ao se referirem a Deus o colocam muitas vezes como um tirano ditador e não como um Pai amoroso. É interessante que o mesmo povo que fala tanto em amor e perdão pratica tão pouco a essência dessas duas palavras.
Quando se fala em crente pensamos em alguém que “aceitou” Jesus, se batizou e vive o que a sua denominação põe como doutrina. Crente é aquela pessoa que ergue a bandeira da sua denominação, de modo que os demais crentes nem sempre são considerados como irmãos. Às vezes pessoas que declaram uma confissão de fé diferente da nossa nos o condenamos até mesmo ao fogo do inferno como se fôssemos os donos do céu e verdadeiros juízes dos outros, mas não de nós mesmos. Queremos ser amados, mas nem sempre queremos amar; Queremos ser perdoados, mas nem sempre queremos perdoar. Gostaria de saber o que esses crentalhões fazem com o que diz no Evangelho de Mateus capítulo 7 versículo 1 “Não julguem, para que vocês não sejam julgados”. Os crentes se colocam muito mais como juízes dos outros mostrando sempre que o erro do outro é grande demais para ser perdoado, às vezes até se faz fofoca com o erro de uma pessoa que era para ser tratado com todo amor por ser nosso irmão.
O ser discípulo é totalmente diferente, até porque não se ergue nenhuma bandeira denominacional, porque como discípulos seguimos a Cristo praticando o que Ele nos ensinou e ensina através do Seu Evangelho. “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”, somos conhecidos como discípulos não por caminhar com bíblia na mão, ou até mesmo se vestir como crente, tão pouco por uma linguagem de crente. Sou conhecido como discípulo de Cristo por manifestar Cristo em mim e através de mim. Cristo me amou, portanto eu amo e amarei aqueles que me rodeiam, ainda que vivam de forma que discordo e me oponho, mas manifestarei o amor.
Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo foram os dois mandamentos que Jesus nos deixou, entretanto muitas vezes se caminha num “falso amor” (se é que isso existe) vivendo nesta ambigüidade, falando uma coisa e vivendo outra coisa. Cristo deseja que amemos e levemos o Evangelho do amor do contrário não é Boa Nova. Você que está lendo agora mesmo este artigo decida ser discípulo de Cristo, ainda que fraco e cheio de imperfeições, mas o Senhor te chamou para ser conhecido  através do amor dEle em você e através de você. Viva o amor e em amor, amando até mesmo quem nos odeia, amando a quem se constituiu seu inimigo (partindo do princípio que o discípulo não tem inimigos). Quando não amamos nosso inimigo deixamos ele nos dominar, sem falar de tantas doenças que isso pode nos causar por guardar, raiva e rancor. Perceba que até no fruto do Espírito tem o amor, Paulo disse: “Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor” (1 Coríntios 13:13),. Como disse o cantor Carlinhos Félix “o amor nunca perdi, amor sempre vence, o amor prevalece na vida daquele que serve a Jesus”. Amar é decisão, portanto decidamos amar incondicionalmente.

Nele que me chamou em amor para amar.
Daniel Lima

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