segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Evangelho sem discriminação

Vivemos numa época onde pessoas carentes de Jesus e do Evangelho procuram preencher esse espaço com bebidas, prostituição, drogas... E o que nós como igreja estamos fazendo? Enxertando na cabeça das pessoas dogmas religiosos, fundamentados em nós mesmos e nas emoções, ou estamos guiando-as pelo Evangelho de Cristo a uma caminhada de discípulo? O evangelho pregado nas igrejas tem sido muito mais discriminatório do que um evangelho de regeneração. Quando se fala em regeneração se aborda apenas o exterior, com um legalismo que ao invés de levantar põe pra baixo e sobre o domínio da tirania religiosa. Com essa tirania estamos muito mais amedrontando as pessoas do que realmente ensinado-as na simplicidade do Evangelho, muitos “servem” a Cristo por medo de ir para o inferno. Quando não é isso tem medo da punição dos pastores.
Como se não bastasse essas coisas ainda temos que lidar com o fato de muitas “igrejas” dar mais valor a quem tem mais condição financeira. Somos igrejas para semear amor, viver o amor, andar em amor. Vemos que o amor de muitas igrejas não tem sido em levar pessoas para o Caminho (Jesus) e sim a dar dízimos, ofertas, votos, desafios, etc. Claro que todas essas coisas têm princípio bíblico, porém a ênfase apenas a essas coisas muda o foco. O ofertar e o dizimar são conseqüência de pessoas que foram acolhidas e estão satisfeitas. As pessoas na igrejas não estão caminhando em Cristo com base no Evangelho e sim em supostas revelações de seus líderes que nem sempre estão fundamentadas nas Escrituras Sagradas. Muitos do que estão na igreja e não são igreja, estão caminhando em um caminho nublado e solitário sem saber como agradar de fato a Deus. O evangelho falado nas igrejas (não são todas, mas muitas) tem sido discriminatório que só pode prosperar que não tem pecado, se você ficar doente está em pecado, enfim deixamos de ser discípulos mortos para os rudimentos do mundo para ser crentes envolvidos com a prosperidade que o mundo dita ser prosperidade. As pessoas estão perdidas até mesmo dentro de muitas igrejas caminhando numa ponte com medo de cair a qualquer momento.
Muitos crentes acabam se afastando por conta dessa discriminação desses cidadãos da igreja vetando o trabalhar para o Senhor e desfrutar do seu trabalho. Daí acabam encontrando espaço apenas na religião olhando para sinos, badalos, profecias, marchas, campanhas e esquecemos que o Senhor não nos chama para essas tolices e sim para abrirmos nossa casa e deixar ele entrar.
No evangelho de Lucas capítulo 19 do versículo 1 até o 10 vemos o caso de Zaqueu que era publicano. Os publicanos não eram bem vistos pelos judeus por cobrarem impostos para Roma e ainda superfaturando em cima ao ponto de ficarem com bastante bens. Publicanos eram vistos como amaldiçoados e traidores de Israel. Havia grande discriminação entre os religiosos da época e os publicanos, porém Jesus rompeu toda discriminação e foi para casa de Zaqueu. Zaqueu deu ouvidos a Jesus quando o pediu para descer do sicômoro (a árvore que estava) com isso Jesus acabou provocando comentários hostis. “Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se hospedara com homem pecador” (Lucas 19:7). Como os que viram e murmuraram no tempo de Jesus, hoje estamos muito mais prontos para apontar os erros dos outros do que aceitá-los com seus erros e ajudá-los a consertar.
Jesus não se importou com as críticas, não se importou porque chamavam Ele de beberão e comilão. A preocupação de Jesus não era agir com discriminação, ou porque era Deus se isolar dos pecadores e ficar apenas com o povo judeu. Jesus queria ver a vida de Zaqueu transformada, do mesmo jeito que Ele quer ver a sua vida transformada pelo Evangelho. Se o povo falar, se crentes lhe criticar, nem ligue, deixe o povo falar, lembre-se falaram de Jesus.
Será que estamos sendo os cidadãos ou estamos conduzindo-os a entrarem e ouvirem a voz de Jesus? A nossa porta está aberta para o Evangelho de Cristo ou para o evangelho pregado nas denominações que de acordo com o estatuto da igreja tem a descriminação do que pode e não pode? Em Cristo e com Cristo nós só não podemos pecar! Vivamos o amor e em amor!

Nele que nos convida a descer ainda mais e quer entrar em nossa casa sem preconceito para nos transformar.
Daniel Lima



Cidadão
Zé Ramalho
Composição: Lucio Barbosa
Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas prá ir, duas prá voltar
Hoje depois dele pronto
Olho prá cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
"Tu tá aí admirado?
Ou tá querendo roubar?"
Meu domingo tá perdido
Vou prá casa entristecido
Dá vontade de beber
E prá aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer...
Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem prá mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me diz um cidadão:
"Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer...
Tá vendo aquela igreja moço
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse:
"Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asa
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar

Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar"
Hié! Hié! Hié! Hié!
Hié! Oh! Oh! Oh!

Um comentário:

  1. mto boa a palavra falou bem a verdade!!!

    DEUS continue te usando sempre

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