segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Igreja hospital ou matadouro?

Durante muito tempo a igreja foi vista como uma espécie de hospital que tratava pessoas doentes e as curava. Jesus certa vez disse: "Eu não vim para os sãos, vim para os doentes”. Esta frase deixa bem claro que o desejo de Jesus era agregar o doente e não distanciá-lo. Imagine se um doente chegasse ao hospital e o plantonista dissesse a ele que ele só poderia se internar se estivesse iniciando seu processo de recuperação. Seria muito estranho, não é? O fato de uma pessoa procurar um hospital já demonstra que ela reconhece que está doente e precisa ser tratada. Lamentavelmente nós vivemos numa cultura tão seletista (seleciona pessoas) que muitas vezes nós cristãos, ainda que inocentemente, nos tornamos um tanto quanto excludentes e como se fossemos donos do céu queremos impor uma forma de viver para que o outro vá para o céu, ao invés de formarmos nos outros o caráter de Cristo, formamos o nosso caráter no outro. Impomos as pessoas o que temos como aparente santidade, todavia, santidade vai além de uma mera aparência religiosa. Mas, graças a Deus que o seu amor é tão grande que atinge todo o ser humano por mais perdido que ele esteja, por mais distante que ele esteja, por mais pecador que ele seja. A graça do Senhor nos atinge, nos envolve e manifesta em nós o amor de Deus, que também precisa se manifestar através de nós. 
Atualmente a igreja parece muito mais com um matadouro do que com um hospital, as vezes nos deparamos com pessoas que se dizem tão retas, santas e sábias, mas que excluem outros por não terem um “perfil de crente”, ou porque suas características não condizem com a “doutrina” pregada por sua igreja. Essas pessoas se enrolam com o lençol da hipocrisia, deitam na cama do falso evangelho, pois falam do amor, pregam sobre a mulher adúltera, porém se estivessem lá seriam os primeiros a pegarem pedras e criticarem a mulher por tal ato. Fomos chamados para vivermos o evangelho do amor e não da religiosidade onde se tem tanto preconceito e regras humanas. Os que assim procedem vemos que são como verdadeiros humanóides que são sempre guiados por alguém, mas nunca por Cristo. Vivem a religião, mas não querem viver o que está em Tiago 1:27.
O Evangelho deve ser pregado sem máscaras, mas também não deve ser uma mensagem desumana, porque Jesus se tornou humano, sentiu nossas dores e a dor daqueles que sofrem, mas sem deixar de pregar a verdade, porém verdade sem Graça afasta; por isso Deus derramou sua Graça e seu Amor em nossos corações. Para desfrutarmos da verdade com a graça. Muitas pessoas pregam o Evangelho, mas não vivem o Evangelho. Precisamos viver como igreja, em amor, comunhão e sempre ter em mente que todos estamos em tratamento neste grande hospital, uns na UTI, outros na emergência, porém todos estamos sendo tratados nesta imensa graça. Não somos merecedores da bondade e misericórdia, porque então querer excluir outros? Assim como Jesus agiu com aquela adúltera dizendo eu não te condeno eu te perdoou vai e não peques mais, devemos proceder desta forma, não condenar. Pense sempre nisso.

Nele que nos chama para praticarmos a misericórdia.
Daniel Lima

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